Em 1935, o escritor americano de ficção científica Stanley Weinbaum apresentou um modelo fictício para VR em seu conto Pygmalion's Spectacles . Na história, o personagem principal conhece um professor que inventou um par de óculos que possibilitava "um filme que dá visão e som, gosto, cheiro e tato. Você está na história, você fala com as sombras (personagens) e elas respondem. A história é toda sobre você, e você está nela."
A tecnologia de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) estimula a imaginação de pessoas de todo o mundo há vários anos: é incrivelmente emocionante mergulhar em um novo universo apenas sentado em casa no PC ou no celular. Os primeiros desenvolvimentos nesta indústria surgiram em meados do século passado, quando um pioneiro da RV, Morton Heilig, introduziu o primeiro simulador virtual, “Sensorama”. Heilig acreditava que sua invenção era o resultado lógico da evolução da arte.
Sensorama - equipamento criado por Morton Heilig
“…sem a participação ativa do espectador não pode haver transferência de consciência, não pode haver arte.” - Morton Heilig, inventor do Sensorama
Metaverso é um termo cunhado na década de 1980 para se referir à realidade virtual. Ele é composto pelos vocábulos "meta" (acima, além) e "verso" (mundo), significando "mundo acima do mundo", "mundo além do mundo". Ou seja, trata-se da representação digital de uma realidade virtual que pode ser manipulada e alterada pelos usuários. O metaverso refere-se a todos os universos virtuais possíveis, incluindo aqueles gerados por computador e os reais, como os mundos de jogos on-line e as redes sociais.
O metaverso é uma paixão antiga dos humanos. Os mitos gregos, por exemplo, contam histórias de deuses e heróis que vivem em um mundo paralelo à Terra. Na Idade Média, as pessoas acreditavam em criaturas mágicas como fadas e duendes. Hoje, essa ideia continua viva nos filmes, nas histórias em quadrinhos e nas séries de televisão.
No mundo digital, o conceito de metaverso é usado para descrever um espaço virtual onde os participantes podem se encontrar e interagir. Nele, é possível criar seu avatar e assumir diferentes papéis. O ambiente pode ser bem variado, desde uma simples sala de reuniões, até uma cidade completa.
Em 1989 Scott Foster fundou a Crystal River Engineering Inc após receber um contrato da NASA para desenvolver o elemento de áudio do Virtual Environment Workstation Project - um simulador de treinamento em RV para astronautas . Através desta empresa foi desenvolvido o processamento de áudio 3D binaural em tempo real.
No mesmo ano A Mattel, Inc lançou o Power Glove, baseado no DataGlove da VPL. A Power Glove era um acessório de controle para o Nintendo Entertainment System, mas nunca decolou por ser difícil de usar.
Em 2010 o Google introduziu um modo 3D estereoscópico para o Street View.
Palmer Luckey, um empresário de 18 anos, criou o primeiro protótipo do headset Oculus Rift. Ele apresentava um campo de visão de 90 graus, que nunca havia sido visto antes, e dependia do poder de processamento de um computador para fornecer as imagens. Este novo desenvolvimento impulsionou e renovou o interesse em VR.
No ano de 2014 o Facebook comprou a empresa Oculus VR por US$ 2 bilhões. Este foi um momento decisivo na história da VR porque a VR ganhou força rapidamente depois disso.
A Sony anunciou que estava trabalhando no Project Morpheus, um headset VR para o PlayStation 4 (PS4).
O Google lançou o Cardboard - um visualizador estereoscópico de baixo custo e faça você mesmo para smartphones.
A Samsung anunciou o Samsung Gear VR, um headset que usa um smartphone Samsung Galaxy como visualizador.
Mais pessoas começaram a explorar as possibilidades de VR, incluindo a adição de acessórios inovadores, por exemplo, Cratesmith, um desenvolvedor independente, recriou uma cena de hoverboard de Back to the Future combinando o Oculus Rift com um balance board do Wii.
Em 2020 o Oculus Quest 2 foi revelado em 16 de setembro de 2020, durante o evento Facebook Connect 7.
O Quest 2 recebeu críticas principalmente positivas como uma atualização incremental do Quest e continua a vender milhões em todo o mundo.
Existem basicamente dois tipos de metaverso: o off-line e o on-line. No off-line, você cria seu próprio mundo, e nele os outros participantes não existem (pode ser comparado a uma simulação). Já no on-line, você participa de um mundo virtual criado por outros participantes. Nele, seus movimentos e atividades afetam diretamente os outros participantes.
Os eventos Metaverso são uma ótima maneira de fazer negócios, transmitir conhecimento, debater ideias e porque não, se divertir.
Trata-se de um universo repleto de novas (e nem tão novas assim) tecnologias, que combinadas com criatividade e inovação, certamente serão responsáveis pela mais importante mudança de paradigma do século XXI.
Referências:
História da RV - Cronograma de Eventos e Desenvolvimento Tecnológico
https://virtualspeech.com/blog/history-of-vr
Realidade Virtual/Realidade Aumentada na Arte
https://virtualrealityinart.wordpress.com/before-the-term-virtual-reality-1956-1980/